O presidente Barack Obama está planejando pressionar para que o Congresso se movimente nos próximos meses em um ambicioso projeto de reforma imigratória que incluiria o caminho para a cidadania de 11 milhões de imigrantes indocumentados no país, oficiais da administração disseram ao New York Times na última semana.
Obama e democratas do Senado irão propor as mudanças em um passo, com uma lei que abranja todos os imigrantes, disseram os oficiais. Isso irá ao contrário dos esforços dos republicanos, que tentam passar a reforma em leis menores direcionadas a diferentes grupos, como jovens, trabalhadores rurais e profissionais altamente qualificados, o que pode ser uma forma mais fácil para que membros relutantes do partido aceitem tais mudanças.
O presidente e democratas também irão se opor a medidas que não permitam que imigrantes ganhem status legal para se tornarem cidadãos, disseram os oficiais ao NY Times.
Oficiais têm trabalhando silenciosamente em uma proposta abrangente e tanto o presidente quanto legisladores de ambos os partidos acreditam que os primeiros meses do seu segundo mandato oferecem as melhores perspectivas para passar uma legislação substancial para resolver o problema.
O presidente deve anunciar seu plano nas próximas semanas e a reforma imigratória poderá ser o tema de seu discurso no Estado da União no começo de fevereiro. A Casa Branca irá argumentar que isso não é uma anistia, ao contrário do que dizem os críticos, porque a reforma incluiria multas, o pagamento de impostos atrasados e outras imposições aos imigrantes indocumentados que se qualificarão a obter o status legal.
O plano do presidente iria ainda impor uma verificação nacional do status legal para todos os trabalhadores recém-contratados, adicionar novos vistos e criar um programa de trabalhadores convidados para trazer imigrantes para trabalhos de baixos salários no futuro.
Um grupo bipartidário de senadores também tem se encontrado para elaborar um projeto de lei abrangente, com a meta de introduzir a legislação até março. Como um sinal de que o interesse está presente nos dois partidos, oficiais da Casa Branca e líderes democratas do Senado tem negociado quem irá introduzir primeiro um projeto de lei.
“Isso é tão importante agora para os dois partidos que nem o abismo fiscal nem o controle de armas irão atrapalhar”, disse o Senador democrata Charles E. Schumer, de Nova York, um líder das discussões bipartidárias.
