Mesmo admitindo que o Iraque não está totalmente seguro e prevendo dias difíceis, o presidente Barack Obama, confirmou a retirada da maior parte das tropas norte-americanas do Iraque e o fim da missão de combate no país até 31 de agosto de 2010.
"No próximo mês se completa o sexto aniversário da guerra no Iraque. Para todos os critérios, essa já é uma guerra longa", declarou Obama diante de militares em Camp Lejeune, Carolina do Norte.
"Vocês lutaram contra a tirania e a desordem. Vocês sangraram por seus melhores amigos e por iraquianos desconhecidos", prosseguiu Obama, dirigindo-se às forças militares. "Sob circunstâncias difíceis, homens e mulheres dos Estados Unidos serviram com honra e alcançaram sucesso para além de qualquer expectativa."
"Hoje, eu vim falar a vocês sobre como a guerra no Iraque vai acabar", acrescentou o presidente.
Obama elogiou a atual situação do país ocupado. "A violência [no Iraque] foi reduzida e a capacidade das Forças de Segurança iraquianas aumentou", disse em tom otimista.
De setembro de 2010 até o fim de 2011, Obama pretende deixar no Iraque uma força militar composta de até 50 mil homens para treinar, equipar e assessorar as Forças de Segurança do Iraque.
Após este período, o governo do Iraque terá total condição de manter a segurança no país. Apesar da retirada das tropas, o papel diplomático no Iraque continuará fundamental, segundo Obama. A segunda parte do plano para o país consiste em "sustentar a diplomacia para que o Iraque se torne um lugar mais pacífico e próspero".
Para isso, Obama anunciou a nomeação de Chris Hill como novo embaixador dos Estados Unidos no Iraque. Hill já trabalhou no Kosovo e na Coreia do Sul e, segundo Obama, mostrou capacidade para exercer a função no Iraque.
Apesar do tom animado, Obama destacou que o Iraque enfrentará dias difíceis. Um dos maiores desafios que o governo local deverá enfrentar será o econômico. Para Obama, o Iraque terá problemas para lidar com a baixa do preço do petróleo.
