Embora nenhuma ameaça tenha sido identificada, o Ministério da Defesa iniciou uma campanha de alerta a possíveis atos terroristas durante os Jogos Olímpicos do Rio. Em parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e com o Ministério da Justiça, a entidade vai distribuir folders, cartazes e cartilhas com instruções sobre pessoas e atividades suspeitas durante o evento.
O material será disponibilizado em empresas de transporte urbano, bares, hotéis e outros locais no Rio e em cidades que receberem o evento. Na campanha, instruções sobre pessoas estranhas e veículos e situações suspeitas.
“É um material simples, que informa com clareza e sem alarde”, disse Luiz Felipe Linhares, chefe da Assessoria Especial para Grandes Eventos do Ministério da Defesa.
Comandante do Comando Conjunto de Prevenção e Combate ao Terrorismo (CCPCT), o general Mauro Sinott afirma que a campanha é fundamental para um evento do porte. Nos meses de agosto e setembro, durante a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o Rio espera receber 700 mil turistas de 209 nações. Pelo menos 100 chefes de Estado deverão estar na cidade olímpica, além de 12 mil atletas.
“Como o nosso país não tem tradição nesse tipo de ameaça, é preciso fazer com que as pessoas estejam mais atentas. A mensagem que queremos passar é: se você ficou desconfiado e achou a situação suspeita, é porque ela, de fato, é suspeita”, disse.
Uma das preocupações dos órgãos de segurança durante a Olimpíada é com a atuação dos chamados "lobos solitários". São pessoas sem vínculo com grupos terroristas, mas que aproveitam grandes eventos para cometer atentados.
Durante os Jogos, será instalado o Centro Integrado Antiterrorismo e o Centro de Cooperação Policial Internacional. Cerca de 250 policiais estrangeiros, de 55 países, serão acionados sempre que houver um cidadão de seu país envolvido em alguma ocorrência e prestarão apoio especialmente no processo de identificação e na comunicação do idioma de sua nacionalidade. Fonte: G1.
