A fabricante de pneus Michellin pediu desculpas pelo que aconteceu no Grand Prêmio dos Estados Unidos, realizado domingo em Indianápolis. A empresa pediu às sete equipes da categoria que usam seus pneus que não disputassem o Grande Prêmio, por motivos de segurança. Isso fez com que apenas seis carros participassem da prova.
Em comunicado oficial, a fabricante de pneus se desculpou.
- A Michellin está muito decepcionada pela maneira que aconteceu o Grande Prêmio dos Estados Unidos, pelo público, pelos pilotos e pelas equipes. A segurança dos pilotos é sempre prioridade. A Michellin nunca mudará sua postura a respeito disso.
Em outro trecho, a Michellin jogou a culpa pela saída dos carros que usavam seus pneus no traçado da pista. A empresa alegou que a curva 13 do circuito forçava demais os pneus, causando danos e trazendo perigo aos pilotos. Por isso, sugeriu que uma chicane fosse montada para reduzir a velocidade na entrada da curva.
- É lamentável que nossas sugestões sobre a corrida, combinadas com nossas equipes, não tenham sido adotadas. Se nossas idéias tivessem sido atendidadas, poderíamos garantir a segurança dos pilotos e agregado interesse ao público.
Apenas a Ferrari, Jordan e Minardi participaram da prova. Diante da irritação da torcida, que vaiou constantemente e chegou a arremessar objetos na pista, o alemão Michael Schumacher venceu a prova. Seu companheiro de Ferrari, Rubens Barrichello, chegou em segundo, enquanto o português Thiago Monteiro, da Jordan, completou o pódio.
Apesar dos problemas apresentados no GP dos Estados Unidos, a Michelin pretende continuar na Fórmula-1. As equipes que usavam o pneu da marca não disputaram a prova por falta de segurança do equipamento.
- Eu realmente não acho que isso afetará o futuro da Michelin na Fórmula-1 - disse nesta segunda-feira o vice-diretor de competição da empresa, Frederic Henry-Biabaud.
