Sob a desconfiança da população e atletas no que se refere à saúde pública, segurança e mesmo estrutura para sediar os Jogos Olímpicos 2016, o Brasil está nas lentes do mundo.
Emerson Lima, 40 anos, que comprou ingressos para a cerimônia de abertura e para dois jogos de futebol, afirma estar ansioso para o evento. Porém, muitos de seus amigos desistiram por medo da violência. “Estou tranquilo, mas tenho dois ingressos sobrando e ninguém quer. A questão do trânsito também preocupa muita gente. Amigos que vivem no Rio falam que está impraticável, que dá para andar apenas de metrô”, conta.
Se o evento será um sucesso, isso todos saberão no decorrer dos jogos, que tem a cerimônia de abertura nesta sexta-feira, dia 5, às 20 horas (horário de Brasília) e término no dia 21 de agosto. Porém, do lado oposto a todos os problemas estão aqueles que representam a garra e esperança do povo brasileiro: os atletas. Alguns deles renomados e já medalhistas, outros ainda no anonimato ou mesmo de modalidades que estarão disputando uma Olimpíada pela primeira vez.
A delegação brasileira tem um número recorde de atletas nestas Olimpíadas: são 465, sendo 209 mulheres e 256 homens. Por ser o anfitrião da competição, o país teve modalidades asseguradas pelas respectivas Federações Internacionais (FIs), enquanto outras tiveram que lutar pela qualificação e/ou obtenção de índices de acordo com o regulamento das FIs.
Os brasileiros estarão disputando pela primeira vez uma medalha no badminton, ginástica de trampolim, golfe, hóquei sobre grama e rúgbi. A modalidade com maior número de atletas brasileiros é o atletismo, com 67. A atleta mais nova da delegação é a tenista de mesa, Bruna Takahashi, com 16 anos. Já a atleta mais velha é Janice Gil, de 54 anos, que disputa o tiro esportivo. A média de idade do atletas olímpicos brasileiros é 27 anos.
Ao todo, 206 países terão representantes nos Jogos Olímpicos disputando 42 modalidades esportivas. As 306 provas serão disputadas em 37 arenas do Rio.
