Depois de divulgar o desaparecimento de seu filho de apenas 5 anos pelas redes sociais e na TV brasileira, Cintia Márcia Pereira recebeu a informação, pelo Facebook, de que o pai americano, Gary Lee Heaton II, teria trazido o filho Joseph para os Estados Unidos.
“Uma amiga dele me disse, pelo Facebook, que Gary teria levado nosso filho para os Estados Unidos. Ela disse que falou com ele e com o meu filho e que ele estava bem. Mas essa mesma amiga tinha dito há pouco tempo que não o conhecia bem e tinha pouco contato com ele. Por isso, acho que é pouco confiável”, disse Cintia, ao GAZETA.
Mesmo assim, Cintia tentou entrar em contato com a família de Gary em Utah. “Mandei e-mail, telefonei e nada também”, disse.Cintia diz que no momento ela e seus advogados estão de mãos atadas até terem alguma pista para saberem onde se concentrar. “Podemos acionar a Convenção de Haia, que lida com o sequestro de crianças para outros países, mas para isso precisamos ter certeza de que ele está nos EUA”, disse. “Mas a polícia segue investigando e estou acionando contatos nos EUA”.
Gary estava com o filho quando a juíza decidiu dar a guarda integral para Cintia. Depois disso, ele não apareceu para devolver Joseph na segunda-feira, após o fim de semana de visita.
“Mandei e-mail, tentei ligar, deixei mensagem na caixa postal, até que fui à casa dele para descobrir que ele já não estava morando lá”, disse Cintia, que vive na zona oeste de São Paulo. O celular de Gary está desligado e ele não deixou nenhuma pista de onde teria ido com o menino. Na embaixada americana, Cintia foi informada que nenhum passaporte foi emitido em nome da criança.
A história
“Quando meu filho era bebezinho, ele se trancava com o Joseph dentro do quarto e para eu pegá-lo para amamentar era superdifícil, porque ele não deixava. Ele não deixava minha família pegá-lo no colo e uma vez ele puxou o bebê de apenas três meses com muita força, que parecia que ia parti-lo ao meio”, disse Cintia.
Por dois anos, Gary não teve contato com o filho, pois voltou para os EUA. Quando voltou, pediu o divórcio e entrou com o pedido de guarda do menino. A luta pela guarda se estendeu até dezembro, quando Cintia conseguiu a guarda integral da criança.
