Key West | Em um esforço massivo para prevenir que outra epidemia de dengue aconteça em Key West, oficiais de saúde estão apostando na educação. Em janeiro, o Departamento de Saúde do condado de Monroe lançou o “Keys ABCD: Action to Break the Cycle of Dengue”, uma parceria com outras agências do governo, com a intenção de ensinar uma única coisa: não há dengue onde não há mosquitos.
O vírus - que pode causar muita dor, sintomas severos e até a morte - é transmitido através da picada de uma fêmea infectada pelo Aedes aegypti. Houve 93 casos confirmados de dengue em Key West, desde 2009, e mais de 100 milhões de casos ocorrem anualmente no mundo.
Mas esses mosquitos portadores de doenças podem ser eliminados em Key West, erradicando os seus locais de reprodução: a água parada, encontrada dentro e em volta de residências e empresas. Funcionários do Departamento de Saúde dizem que isso, porém, não pode ser feito somente por agentes, mas tem que ser um esforço coletivo de toda a comunidade.
Esse projeto foi exposto durante um fórum da comunidade de Key West por Duane J. Gubler, um dos maiores especialistas mundiais em doenças tropicais. Ele tem quatro décadas de experiência e atualmente trabalha no sudeste da Ásia como diretor no estudo de doenças infecciosas da Universidade Nacional-Duke University of Singapore Graduate Medical School.
“Este é um mosquito controlável”, disse Gubler à multidão.
Ele disse que enquanto a dengue é um problema mundial crescente - principalmente devido à urbanização dos países tropicais, o aumento maciço no tráfego aéreo global - é um problema que pode ser eliminado nos oito quilômetros quadrados da cidade mais ao sul dos Estados Unidos.
Key West foi pego de surpresa em 2009, quando a cidade teve seu primeiro caso confirmado de dengue em décadas. Foi o primeiro caso de dengue adquirido localmente relatado na Flórida, em mais de 40 anos. Desde então, o Florida Keys Mosquito Control District intensificou os seus esforços contra o mosquito Aedes aegypti. Isso inclui matar larvas de mosquitos antes que eles tenham a chance de eclodir em adultos, com helicópteros de pulverização de pó, atóxico corrosivo que se mistura com água chamada IPV.
O distrito também tem oito inspetores que se concentram no problema da dengue. Seu trabalho inclui a realização de verificações de rotina das residências e empresas de água parada.
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