Em apenas uma semana, ministros do Supremo Tribunal Federal mandaram soltar quatro réus da Lava Jato, três deles já condenados em primeira instância. NO dia 2, foi a vez de o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula) ganhar habeas corpus. Ele estava preso desde 3 de agosto de 2015 – em duas ações penais, o juiz Sérgio Moro impôs ao petista, quadro histórico do partido, 32 anos e um mês de condenação pelos crimes de corrupão passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Por três votos a dois, os ministros da Segunda Turma da Corte máxima acolheram o pedido de Dirceu.
Na semana passada, por três votos a dois, os ministros da Segunda Turma do Supremo acolheram habeas para o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, e o ex-tesoureiro do PP, João Cláudio Genu.
Os três – Bumlai, Genu e Dirceu – estão condenados. Como o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) ainda não decidiu se mantém ou se derruba as sanções impostas em primeiro grau, o Supremo mandou soltar todos.
Na sexta-feira, 28, em despacho liminar, o ministro Gilmar Mendes mandou soltar também o empresário Eike Batista, preso desde janeiro de 2017 sob suspeita de pagamento de $16,5 milhões de dólares em propinas para o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Eike está em regime de prisão domiciliar aplicada pelo juiz Gustavo Macedo, no plantão da Justiça Federal no Rio. No dia 2, porém, o juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal, impôs ao empresário uma fiança de R$ 52 milhões prazo de cinco dias, se quiser continuar em casa.
Com informações do Estadão.