O Affordable Care Act (ACA) reabre as suas inscrições no próximo dia 1º de novembro para quem ainda não é assegurado ou para quem já é, mas queira modificar seu plano. Até o fim de janeiro, as pessoas que estão legal no país têm a chance de contratar um plano de saúde por um valor mais baixo do que se não contasse com o programa criado pelo presidente Barack Obama, que ficou conhecido como Obamacare.
Ao longo deste ano, pelo menos 10.2 milhões de pessoas foram beneficiadas pelo ACA em todo país, dos quais 6.4 milhões corriam o risco de perder a cobertura em 34 estados que não criaram seu próprio mercado, incluindo a Flórida, o estado com o maior número de inscritos: 1.3 milhões, se a lei não fosse aprovada pela Suprema Corte, em junho.
Infelizmente, a tão esperada reforma da saúde não abrange os indocumentados, até porque dificilmente teria sido aprovada, caso o fizesse. Por isso, estamos sempre diante de casos de pessoas que sofreram um acidente ou vieram a descobrir uma doença grave e, por isso, acabam tendo que retornar ao Brasil para receber tratamento ou acumulam dívidas milionárias em hospitais nos Estados Unidos.
É nesse momento que a comunidade brasileira se une e mostra sua força, em solidariadade aos seus conterrâneos. É o caso do paranaense Lucas Oliveira. O jovem de 23 anos sofreu um terrível acidente de moto há um ano e meio, que o deixou hospitalizado até agora. Lucas ficou em coma por um longo período. Mesmo tendo acordado, atualmente ele só mexe as mãos e dá sinais de que escuta os familiares. Devido ao tempo em que passa deitado, o brasileiro tem o corpo atrofiado. Esta semana, a família anunciou que o jovem vai para casa, em Boca Raton, no dia 10 de novembro. Entretanto, além da dívida de milhões acumuladas com o hospital, a família precisará arcar com os altos custos para manter Lucas no lar. Além dos cuidados básicos, como alimentação especial, já que ele não come pela boca, fraldas e medicamentos, Lucas precisará de terapia para continuar seu desenvolvimento. Por isso, a família está sendo obrigada a pedir a ajuda de brasileiros. Para saber como ajudar, leia matéria na página 6. Para evitar mais situações tristes como essa, vale a pena se informar sobre a cobertura de saúde que é possível ter no país que escolhemos viver. Apesar de o Obamacare não atender a todos, o agente de seguros, Claudio Zorzi, em entrevista ao GAZETA (leia na página 8) esclareceu que há outras opções de seguros mesmo para aqueles que não têm status legal nos EUA ou que não têm condições de pagar por um. Informe-se. Como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar.
