WASHINGTON
A prática comum tem sido a de fazer verificações manuais de bases de dados individual. O novo sistema já identificou dezenas de pistas de investigação, disse John Cohen, coordenador do departamento contraterrorismo do Departamento de Segurança Interna.
O foco imediato é a identificação de pessoas que permaneceram mais tempo que seus vistos permitiram e que constituem uma ameaça potencial à segurança nacional ou a segurança pública, disse Cohen. Alguns dos 19 sequestradores dos aviões de 11 de setembro estavam em violação dos seus vistos, em alguns casos porque não frequentaram a escola que eles disseram que iriam no seu pedido de um visto de estudante, ou seu visto tinha expirado.
A Comissão de 11 de setembro viu o sistema de vistos como uma vulnerabilidade maior e recomendou completar um sistema biométrico que registre a saída de imigrantes quando eles deixarem os EUA. Este programa, no entanto, nunca foi totalmente implementado. A secretária de segurança interna Janet Napolitano, disse que o sistema de saída pedido pela comissão é caro, e o governo tem colocado as outras políticas em vigor desde 2001 para resolver o mesmo problema com muito menos dinheiro.
Automatizar esse sistema é a última novidade dessa política. Até agora, se um investigador queria vetar um requerente de visto, teria que fazer verificações manuais de muitos bancos de dados. O sistema antigo deixou espaço para erros, como alguém soletrando o nome errado de um imigrante, que não traria informações de outras agências de que essa pessoa oferecia uma ameaça à segurança nacional.
Demorou anos para que o governo efetivamente ligasse as diferentes listas de ameaças de terrorismo de diversas agências do governo. Agora que esse sistema está interligado e tem maiores capacidades de busca, o DHS está dando um passo adiante para fazer a verificações de imigração que vai checar automaticamente todas as variantes de status de imigração - seja de refugiado ou asilo - e, ao mesmo tempo verificação de segurança criminal e outras bases de dados de instituições nacionais para assim poder executar pesquisas sobre as variações de nomes. De acordo com Cohen, esse sistema permitirá uma ampla pesquisa sobre a pessoa.
O departamento também está verificando regularmente no sistema os vistos que ainda não venceram, disse Cohen ao “Washington Post”. Algumas vezes isso é feito semanalmente ou mesmo diariamente.
Até recentemente, houve uma contagem de 1,6 milhão vistos vencidos nos EUA, Cohen disse. No entanto, o departamento colocou essa informação através dos controles automáticos e descobriram que 800.000 dessas pessoas tinham tanto mudado seu status de visto ou já haviam deixado os EUA.
Dos 839.000 restantes, Cohen disse que o departamento vetou todos pela segurança nacional e potenciais problemas de segurança pública. Com a ajuda do Centro Nacional de Contraterrorismo, o departamento determinou que os EUA exigiram uma investigação de cerca de 2.000 pessoas. Em alguns casos, essas pessoas já estavam sob investigação ou abandonaram o país, deixando várias dezenas de agentes do ICE sem como prosseguir com a investigação.
