Matthew Apperson, de 37 anos, foi sentenciado a 20 anos de prisão na última segunda-feira, 17, pelo júri de Seminole County, na Flórida, acusado de atirar em George Zimmerman, o ex-vigia que matou um jovem negro em um caso que mobilizou os Estados Unidos em 2012.
Apperson foi considerado culpado no mês passado por tentativa de assassinato, tiroteio contra um automóvel ocupado e assalto agravado com arma de fogo e condenado "à sentença mínima obrigatória" por usar uma arma de fogo em um crime, confirmou a porta-voz Michelle Kennedy, do Circuito Judicial 18 dos condados de Brevard e Seminole, na Flórida.
Em 11 de maio de 2015, Matthew Apperson atirou contra o carro em que Zimmerman estava. Ele ficou levemente ferido por estilhaços de vidro. No julgamento, o réu alegou agir em legítima defesa, porque Zimmerman atirou primeiro. O ex-vigia rejeitou a alegação.
A mãe de Apperson, Janet White, disse à imprensa estar "muito esperançosa que a Corte de Apelações irá anular, ou, pelo menos, reduzirá essa decisão".
De acordo com o jornal Orlando Sentinel, Janet disse à juíza Debra Nelson que seu filho agiu em legítima defesa e que o verdadeiro vilão da história era Zimmerman.
O assassinato que gerou comoção internacional
Zimmerman, de 33, era um vigia comunitário em um bairro residencial quando atirou e matou, em fevereiro de 2012, o jovem negro desarmado Trayvon Martin, de 17, em Sanford, na Flórida.
O crime ganhou atenção internacional, mas Zimmerman, filho de mãe peruana e de pai americano, foi inocentado pelo júri com base em uma polêmica lei da Flórida sobre legítima defesa, e o caso criou protestos em todo o país e um debate nacional sobre racismo.
Desde o julgamento pela morte de Trayvon Martin, Zimmerman teve vários problemas com a Justiça, incluindo denúncias de agressão a namoradas.
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Com informações do Orlando Sentinel
