Um homem confessou a morte de um professor de música que conheceu pela Internet, em Berlim, para realizar fantasias de canibalismo.
O advogado de defesa Detlev Binder disse que um outro caso notório de canibalismo na Alemanha acendeu as fantasias que seu cliente tentou controlar por 15 anos.
"Até o ato, eu pensei, erradamente, que minhas fantasias estavam sob controle", disse Ralf M., numa declaração que o advogado leu no tribunal nesta terça-feira. "Agora eu sei que eu fui dominado, pelo menos às vezes, pelo lado mais sombrio do meu ego."
O homem, de 41 anos, é acusado de amarrar e golpear, com uma chave de fenda, do professor Joe R., de 33 anos, num insano ataque sadomasoquista em outubro de 2004.
Promotores dizem que o acusado cortou órgãos de sua vítima e armazenou o pênis na geladeira, para comê-lo depois. Por fim, ele não comeu a carne do homem que assassinara.
O caso de Armin Meiwes, que matou e comeu uma vítima que dizia desejar isso, causou repulsa na Alemanha, quando veio à luz em 2002. Ele foi condenado por homicídio, mas será julgado novamente, ainda neste ano.
- O caso do canibal de Rotemburgo foi um catalisador para meu cliente - disse Binder.
O advogado disse no tribunal que o réu, que se entregou à polícia um dia depois do ataque, pediu tratamento psiquiátrico.