O grupo islâmico Hamas está disposto a dialogar com os Estados Unidos e com a União Européia (UE), mas rejeita os pedidos para que desarme seu braço militar, informou nesta quinta-feira o jornal palestino Al Kuds.
"Nós estamos interessados no diálogo, mas não podemos cumprir com suas condições antes de resolver nossa questão nacional", disse Mohammed Gazal, porta-voz do movimento na cidade de Nablus, na Cisjordânia.
Gazal fez essas declarações após o ministro de Exteriores britânico, Jack Straw, em visita pela região, afirmar que seu país considera o Hamas uma organização terrorista com a qual se nega a dialogar até que ela abra mão da violência.
O porta-voz do Hamas reconheceu a importância do diálogo com o Ocidente e revelou que o grupo mantém contatos não oficiais com ex-dirigentes americanos e europeus.
"Não queremos deixar essa região apenas nas mãos de Israel", disse o porta-voz da organização, que perpetrou dezenas de ataques suicidas contra alvos civis e militares israelenses.
"Se os palestinos criassem um Estado para eles, então o Hamas deixaria as armas. Se nos ajudassem com a recuperação de nossos direitos, cessaríamos imediatamente os ataques e nossas atividades militares", afirmou.
