A polícia do Chile prendeu em Santiago o ex-presidente peruano Alberto Fujimori na madrugada desta segunda-feira, poucas horas depois de ter chegado ao país.
Ele é procurado pela Justiça do Peru por acusações de corrupção e violações dos direitos humanos.
Acreditava-se que um mandado de prisão emitido por um tribunal peruano não seria válido no Chile, mas Fujimori foi preso em seu hotel em Santiago por ordem de um juiz chileno.
Fujimori, 67, que havia se exilado no Japão em 2000 após renunciar à Presidência peruana, não ofereceu resistência à prisão.
Decisão
A decisão de mandar detê-lo foi tomada pelo juiz Orlando Álvarez, que está analisando um pedido de extradição feito pelo governo peruano.
Fujimori deve ficar preso até que uma decisão seja tomada a respeito do assunto.
Sua chegada ao Chile ocorreu de maneira inesperada.
Ele afirmou que pretendia permanecer temporariamente no país até conseguir retornar ao Peru.
Também disse que pretende concorrer à Presidência peruana nas eleições de abril do ano que vem.
Fujimori afirma que as acusações que lhe são feitas no Peru têm motivações políticas.
Relações estremecidas
O ex-líder peruano é de origem japonesa e tem dupla cidadania, o que tem contribuído para o que o país asiático venha se recusando a extraditá-lo para o Peru.
A chegada de Fujimori ao Chile acontece em um momento de tensão nas relações chileno-peruanas.
Na semana passada, o Congresso do Peru aprovou uma lei que redefine as águas territoriais do país, em um primeiro passo para reivindicar uma área atualmente controlada pelo Chile.
O Chile não reconheceu a lei aprovada pelos políticos peruanos.
