Cerca de 20 mil pessoas ainda estão sem energia no sul da Flórida mas a FPL já estuda uma maneira de repassar para os clientes parte dos prejuízos causados pelo furacão Irma. Atualmente, sem perceber, milhões de residentes já pagam uma taxa mensal pelos gastos de restauração de energia que a companhia teve em 2016, após a passagem do furacão Mathew.
A cobrança da taxa só será definida quando for calculado o custo total de recuperação do Irma, mas a companhia elétrica já adiantou que há a possibilidade de criar uma taxa extra, já que a taxa do Mathew ainda está vigente e será cobrada até março de 2018.
A FPL, porém, ainda não apresentou um relatório junto à Comissão de Serviços Públicos do Estado (Public Service Commission) documentando os danos do furacão, segundo confirmou o Florida Public Counsel, J.R. Kelly, na última segunda-feira, 18.
Em fevereiro, o PSC aprovou o pedido de US $ 318,5 milhões da FPL para cobrir os custos de restauração da energia depois que o furacão Matthew atingiu parte da Flórida. Parte do dinheiro foi destinada a reabastecer o fundo de “reserva de tempestade” da companhia, que era de US $ 93,1 milhões antes do furacão.
Taxa do Matthew
A “taxa de tempestade” cobrada para clientes residenciais totalizou em US $ 3,36 por mês para famílias que usam 1 mil quilowatts-hora mensal de eletricidade. Essa cobrança, que eleva uma conta residencial típica para em torno de US $ 102,37 por mês.“Os custos das tempestades de 2017 serão revistos quando os serviços públicos apresentarem um pedido de recuperação de custos”, disse Cynthia Muir, diretora do escritório de assistência ao consumidor na comissão, que regula a FPL e outras empresas de serviços públicos no estado.
