Esta segunda-feira, dia 28, marca o início das homenagens a Fidel Castro, o líder guerrilheiro comunista que liderou a revolução de 1959 e comandou a ilha caribenha durante meio século.
O palco inicial acontece na Praça da Revolução, em Havana, onde milhares de Cubanos se reúnem para despedida do ex-ditador.
Fidel morreu na sexta-feira, dia 25, aos 90 anos, e seu corpo cremado no sábado. Suas cinzas serão levadas em um cortejo para um local de repouso definitivo em Santiago de Cuba, a cidade do leste cubano na qual ele deu início à revolução.
Em 2006, Fidel entregou o poder ao irmão Raúl Castro devido a problemas de saúde.
As cerimônias em Havana estão previstas para terminarem na noite de terça-feira, dia 6, quando líderes estrangeiros devem prestar suas homenagens.
Fidel é reconhecido como líder comunista que lutou contra a opressão capitalista e colonial, alinhou seu país à extinta União Soviética e sobreviveu a nove presidentes norte-americanos que tentaram depô-lo ou enfraquecê-lo.
Cubanos na Flórida
Milhares de pessoas saíram às ruas de Miami e cidades próximas no sábado, pouco depois do anúncio da morte de Castro aos 90 anos. Celebrações duraram o dia todo com panelaços, buzinadas de carro, aceno das bandeiras cubanas e americanas, música e gritos de alegria.
O ponto central das atividades foi na Calle Ocho, como é conhecida a Rua 8 da Little Havana em Miami.
Não houve relatos de violência ou qualquer prisão durante as manifestações, disse a porta-voz da polícia de Miami, Kenia Fallat, no sábado. Funcionários do condado de Miami-Dade disseram que não havia planos para ativar o centro de operações de emergência.
“Eles estão comemorando, mas de uma maneira muito pacífica”, disse Fallat sobre os manifestantes.
A Guarda Costeira dos EUA estava realizando patrulhas regulares e não chegou a aumentar a quantidade de pessoal ou tomar outras medidas de emergência, disse o major Jonathan Lally.
A Guarda Costeira tem observado recentemente um aumento de cubanos que tentam chegar à Flórida pelo mar, tendo tido pelo menos 7.411 cubanos tentando migrar pelo Estreito da Flórida no ano fiscal que terminou em 30 de setembro, comparados com 4.473 no mesmo período em2015.
Logo após o líder comunista tomar o poder, os cubanos fugiram da ilha para Miami, Tampa, Nova Jersey e outras regiões. Alguns eram leais à Fulgencio Batista, o presidente anterior a Castro, enquanto outros partiram com a esperança de que pudessem retornar em breve, depois que Castro fosse derrubado. Mas ele nunca sucumbiu.
Muitos outros exilados acreditavam que nunca seriam livres sob o regime castro-comunista. Milhares deixaram para trás seus pertences, entes queridos, educação e negócios, viajando para os EUA através de avião, barco ou jangada. Muitos cubanos morreram na viagem oceânica ao sul da Flórida.
Com informações da Agência Reuters e Epoch Times.