Apesar de ter histórico criminal, Devin Kelley,26 anos, autor do massacre que matou 26 pessoas e feriu outras 20 no último domingo, 5, em Sutherland Springs, no Texas, conseguiu comprar armas legalmente em uma loja de artigos esportivos devido a uma falha do sistema, admitiu o Pentágono.
A condenação anterior de Kelley por violência doméstica nunca foi incluída em uma base de dados do Federal Bureal Investigation (FBI) usada em verificações de antecedentes, segundo as autoridades americanas, o que permitiu que o atirador comprasse o fuzil que usou no crime.
Em 2012, Kelley havia sido condenado por uma corte marcial por ter agredido sua primeira mulher e seu enteado quando servia em uma unidade de prontidão logística da Força Aérea dos Estados Unidos em 2012, revelou o Pentágono.
A Força Aérea também admitiu que falhou por não transmitir informações sobre a condenação de Kelley ao sistema do National Crime Information Center (NCIC)- um banco de dados do governo usado por vendedores de armas de fogo licenciadas para verificar antecedentes criminais de compradores em potencial.
A fragilidade até então desconhecida no sistema de verificação de antecedentes veio à tona com o crime. O jovem passou um ano em detenção militar e depois foi dispensado da Força Aérea por má conduta em 2014 jamais conseguiria comprar uma arma de fogo caso o sistema não tivesse falhado, apontam especialistas em armas de fogo.
Pela lei federal, é ilegal vender armas a alguém que foi condenado por um crime envolvendo violência doméstica contra um cônjuge ou uma criança.
Um atacadista de artigos esportivos disse que Kelley passou na verificação de antecedentes quando comprou uma arma em 2016 e uma segunda arma de fogo neste ano.
O porta-voz do Departamento de Segurança Pública do Texas, Freeman Martin,confirmou o número de mortos e a idade das vítimas que variou de 18 meses a 77 anos. Além das vítimas fatais, outras vinte pessoas ficaram feridas, 10 das quais em estado grave, segundo autoridades.
Duas armas de mão foram encontradas no veículo da fuga de Kelley, quemorreu devido a ferimentos de bala autoinfligidosna cabeça depois da tentativa fracassada de escapar do local do massacre. Dois moradores locais que estavam armados ajudaram a conter o atirador e a afastá-lo da igreja.Porte de armas
Quando o crime ocorreu, Donald Trump estava em visita oficial à Coreia do Sul e rejeitou a possibilidade de modificar as leis envolvendo venda e porte de armas nos EUA após o massacre. Para Trump, o atirador tinha problemas mentais o que não significa que o porte de armas seja o grande problema.
Com informações da Reuters.
