Nas últimas semanas, autoridades do Departamento de Segurança Aérea Americano divulgaram a intenção do governo de proibir dispositivos eletrônicos nas cabines de todos os voos com destino aos EUA, principalmente os procedentes da Europa, porém, voltaram atrás na decisão.
Não houve uma explicação clara para a mudança de planos, mas a pressão das companhias aéreas e o prejuízo que a decisão poderia causar podem ter influenciado em adiar a decisão. Segundo a International Air Transport Association (IATA), cerca de 31 milhões de passageiros fizeram o trajeto entre a Europa e os EUA no ano passado. Executivos que viajam a negócios aproveitam o tempo de voo para trabalharem em seus laptops. Além disso, muitas empresas proíbem que os funcionários despachem os computadores por medo de roubo ou perda de informações importantes. Após a proibição em alguns países do Oriente Médio, a companhia aérea Emirates diminuiu em um quinto os voos para os EUA.
Segundo o Departamento de Segurança Interna, os dispositivos eletrônicos maiores do que um smartphone, como tablets e laptops, teriam de ser despachados como bagagem. O governo dos EUA, assim como o do Reino Unido, impuseram restrições semelhantes em voos de alguns países do Oriente Médio em março, em razão de suspeitas de agentes de inteligência de um atentado terrorista, talvez por iniciativa do Estado Islâmico (Isis).