A economia dos Estados Unidos fechou 49 mil postos de trabalho em maio, o que fez com que a taxa de desemprego subisse de 5% para 5,5%, a maior variação em um único mês desde 1986. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (6) pelo Departamento de Trabalho norte-americano.
A redução destes postos de trabalho pode ser um sinal de que o desemprego pode voltar a crescer, depois da trégua percebida em abril. Ainda assim, este é o quinto mês consecutivo de aumento de desemprego. Em abril, houve apenas uma redução na intensidade. Naquele mês foram eliminadas 28 mil vagas. Em março foram 81 mil e em fevereiro, 83 mil. Janeiro teve 76 mil postos de trabalhos fechados, o que fez com que 250 mil vagas fossem eliminadas apenas nos quatro primeiros meses do ano.
O dado, no entanto, está abaixo das estimativas dos analistas, que esperavam uma redução de 60 mil empregos. O número atual de desempregados é de 8,5 milhões de pessoas. Os setores que mais cortaram nos últimos tempos foram os de manufaturas, construção, varejo e serviços profissionais e comerciais.
O desempenho do mês de maio representa o aumento no número de pessoas que perderam seus empregos e também a chegada de mais pessoas ao mercado de trabalho. Um técnico de estatísticas do departamento afirmou, no entanto, que a pesquisa tende a ser mais volátil nos meses de abril a julho, devido ao fluxo maior de jovens no mercado de trabalho.
Confiança
O aumento do desemprego nos EUA tem como efeito a piora da confiança dos consumidores e investidores na economia. Uma pesquisa do Instituto Gallup, divulgada na segunda-feira (2) apontou que o otimismo dos investidores americanos caiu em maio ao nível mais baixo desde o começo da guerra do Iraque, em 2003. No levantamento, o índice de confiança marcava 15 pontos no mês de maio. Em março era 22 e há um ano, 95 pontos.
A confiança do consumidor caiu para 59,8 pontos em maio, após ter registrado 62,6 em abril. Segundo dados da Universidade de Michigan, foi o menor nível desde junho de 1980.
