O furacão Irma destruiu grande parte da produção de laranja do estado da Flórida, e, para suprir a demanda, o Brasil deve ser beneficiado com aumento na exportação para o mercado americano, apontam especialistas.
A destruição dos pomares de laranja da Flórida foi enorme. Com os fortes ventos, árvores foram arrancadas e frutas que ainda não estavam na época de colheita foram para o chão. Pesquisadores da Universidade da Flórida estimam uma queda de 50% a 70% da safra 20172018 na região, com isso, especialistas brasileiros consultados pelo G1 preveem um aumento direto na importação da fruta e do suco do Brasil, o maior produtor mundial.
A passagem do Irma (na categoria 4 no dia 10 de setembro) arrasou com parte da economia do estado e provocou uma alta de 6,2% em uma semana no preço do suco na Bolsa de Nova York.
O diretor-executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), Ibiapaba Netto disse que o potencial de crescimento das exportações para os EUA chega em boa hora para os produtores brasileiros. A safra nacional de laranja de 2017/2018 será uma das maiores dos últimos tempos e deve chegar aos 374 milhões de caixas, com um crescimento de 52,5% com relação à anterior.
O Brasil tem uma participação de 23% no suco de laranja consumido pelos americanos, segundo a CitrusBR. E, diante desse cenário, ganha uma nova possibilidade de venda.
O período de colheita da safra americana de laranja começa neste domingo, 1º de outubro, e termina em 30 de setembro de 2018.
Plantação de família brasileira na FL foi destruída
A brasileira Silvia Noda, que mora em Davie, teve sua plantação de laranjas Hamlin totalmente afetada com a passagem do furacão Irma.
A fazenda da paulista, a Noda’s Farm, fica em La Belle, próximo a Naples, e tem 40 acres de extensão. “Minha casa em Davie está intacta, mas minha produção foi destruída. 90% das laranjas estão no chão”, destaca Silvia, que diz ser essa a única fonte de renda da família. O prejuízo da família pode chegar a $100 mil dólares.
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