Autoridades americanas aprovaram um remédio formulado para tratar doenças cardíacas em negros.
A aprovação do medicamento, que seria o primeiro destinado a um grupo racial específico, foi dada depois que estudos revelaram que a droga cortava em 43% os riscos de morte de pacientes cardíacos que se identificavam como negros.
Pesquisas anteriores indicaram que o remédio – chamado de BiDil – tinha pouco efeito no resto da população.
A agência reguladora dos setores de alimentos e remédios (FDA, na sigla em inglês) apresentou a aprovação do BiDil como uma grande passo rumo "à promessa da medicina personalizada".
"A informação apresentada à FDA mostrou claramente que negros sofrendo de problemas no coração terão agora mais uma opção segura e efetiva para tratar a sua condição", afirmou o diretor-associado da agência para política médica, Robert Temple.
Alguns médicos e eticistas, no entanto, foram contra a aprovação do medicamento, alegando que não há razão biológica para que ele funcione de forma diferente para cada etnia.
O BiDil é distribuído pela empresa NitroMed, de Massachusetts, e combina duas drogas tradicionais, a hidralazina e o dinitrato de isossorbida, nenhuma das quais foi aprovada para o tratamento do coração.