Os Estados Unidos retomaram na quinta-feira ajuda à Sérvia e Montenegro, depois de terem congelado no começo do ano o auxílio por descontentamento com a falta de cooperação de Belgrado com o tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU) em Haia, que julga crimes de guerra.
"Mais de 10 milhões de dólares serão descongelados", afirmou o subsecretário de Estado, Nicholas Burns, após conversas com líderes.
Burns disse que o gesto era motivado pelo sucesso do primeiro-ministro Vojislav Kostunica em convencer, desde janeiro, vários suspeitos de crime de guerra -- especialmente ex-generais -- a se entregar à corte em Haia.
Kostunica subiu ao poder pouco mais de um ano atrás, dizendo que crimes de guerra não seriam sua prioridade, mas, desde então, mudou sua mensagem e políticas.
"Esperamos que a Sérvia dê o passo final e mande o general Mladic à Haia", disse Burns, referindo-se ao principal fugitivo procurado pela corte, Ratko Mladic, ex-comandante do Exército servo-bósnio, indiciado por genocídio.
Mladic está foragido há quatro anos. A promotora Carla del Ponte quer vê-lo em custódia antes do 10o. aniversário do massacre de até 8.000 muçulmanos em 11 de julho em Srebrenica.
