Documentos obtidos pelo jornal “O Estado de S. Paulo” mostram acordo comercial feito por Ricardo Teixeita, ex-presidente da CBF, com duas empresas que podem interferir nas convocações da Seleção Brasileira. O contrato foi assinado por Teixeira pouco antes da sua saída da CBF e o vínculo chega ao fim apenas em 2022.
Ainda de acordo com os contratos publicado pelo “Estadão”, os grupos ISE (International Sports Events) e Pitch International precisam ser avisados pela entidade sobre quais são os jogadores convocados com, pelo menos, 15 dias de antecedência em relação aos amistosos realizados pela Seleção Brasileira. O acordo ainda prevê que se os melhores atletas não estiverem na lista, a CBF estaria sujeita a uma multa pesada de 50% da cota recebida por cada jogo (cerca de R$ 3 milhões).
Para evitar essa multa, a CBF se compromete a atestar a ausência dos jogadores importantes por meio de laudos médicos. Caso um dos principais atletas fique de fora, a reposição precisa ser feita por um substituto similar nos quesitos: marketing, condição técnica e reputação. Além da longevidade do contrato assinado pela CBF, os grupos ainda mantêm a prioridade de renovação, que contam com 90 dias para igualar propostas de possíveis concorrentes. A ISE, empresa com origem no Qatar, ainda tem direito a explorar comercialmente as preparações da ‘amarelinha’ para a Copa do Mundo de 2018 e 2022, que serão realizadas na Rússia e no Qatar, respectivamente.
Marco Polo Del Nero, atual presidente da CBF, afirmou ao “Estado de S. Paulo” que o contrato reproduzido pelo seu antecessor é razoável visando as condições da CBF, já que ele evita prejuízos em amistosos. O Brasil estreia na Copa América diante do Peru no dia 14 de junho, em Temuco, no Chile. Porém, antes da disputa da competição, a seleção realiza dois amistosos. O primeiro deles contra o México, no Allianz Parque, em São Paulo, no dia 7, e o segundo no dia 10, contra Honduras, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Fonte: R7.