Ou os brasileiros estão deixando de tentar a travessia da fronteira entre México e EUA - depois do recorde de 31.072 detidos no ano fiscal norte-americano que foi de outubro de 2004 a setembro de 2005 - ou aqueles que tentam atravessar estão mais espertos.
Do ano fiscal iniciado em outubro de 2005 até o mês passado, o Brasil não está mais na lista das cinco nacionalidades mais capturadas pela Patrulha da Fronteira, segundo dados enviados pela patrulha. Por protocolo, explica a assessoria de imprensa, só são divulgados os cinco primeiros países no ranking da detenção.
O atual ranking é composto por El Salvador (24.067), Honduras (15.084), Guatemala (11.148), Cuba (2.093) e Nicarágua (1.869), num universo de 704.239 detenções desde outubro do ano passado. Já há alguns anos os mexicanos saíram dos cinco primeiros lugares da lista. Cuba, por sinal, não figurava nos cinco primeiros lugares do ranking até então.
A média brasileira, nos dados de 2005/2006, era de pouco mais de 2.500 detenções por mês. Seja qual for o número de detidos até agora, é muito inferior ao ano passado.
A fuga em massa se iniciou quando o México parou de exigir visto de turista para os brasileiros (e vice-versa), em 1998, e quando o real é desvalorizado (1999).
A imigração em massa foi objeto de negociações entre parlamentares brasileiros e autoridades americanas para que a deportação transcorresse o mais rapidamente possível. E, no ano passado, uma CPI foi instaurada sobre o tema, por iniciativa do então senador Hélio Costa (PMDB-MG).
Desde 1992, o ano em que a patrulha começou a montar e a divulgar as estatísticas, a evolução na detenção dos brasileiros foi a seguinte:
1992 – 128
1993 – 206
1994 – 259
1995 – 334
1996 – 226
1997 – 156
1998 – 246
1999 – 559
2000 - 1.310
2001 - 3.188
2002 - 3.100
2003 -5,241
2004 - 8.870
2005 - 31.072
