O parlamentar republicano Tom Delay vai deixar definitivamente o cargo de líder da maioria na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, segundo autoridades.
DeLay tinha sido forçado a renunciar temporariamente depois de ter sido indiciado no Texas em um caso de financiamento de campanha. Agora, ele teria desistido de vez de voltar ao posto.
Aliado próximo do presidente americano, George W. Bush, DeLay era um dos políticos mais poderosos em Washington até ser indiciado, em setembro.
Ele é acusado de lavagem de dinheiro de contribuições de empresas para uso em campanhas de republicanos no estado.
O parlamentar tem assegurado que é inocente e até agora vinha dizendo que pretendia voltar ao posto de líder quando tudo tivesse sido esclarecido.
'Ético'
A decisão dele abre caminho para que os republicanos escolham um novo líder.
Em carta aos republicanos, DeLay disse que sempre agiu "de maneira ética".
Mas "não poderia permitir que os adversários dividam e desviem nossa atenção", escreveu ele, segundo a agência de notícias Associated Press.
De acordo com a agência Reuters, o porta-voz de DeLay disse que o parlamentar vai manter sua cadeira na Câmara dos Representantes.
Em nota, a Casa Branca disse que respeita a decisão de DeLay de pôr em primeiro lugar os interesses do povo, da Câmara dos Representantes e do partido.
Ele vinha enfrentando pressão crescente de republicanos, preocupados com as eleições de novembro.
Um pequeno grupo de republicanos assinou uma petição pedindo nova eleição para liderança.
Eles citaram os problemas das batalhas legais de DeLay e seus vínculos de longo prazo com o lobbista Jack Abramoff, que se declarou culpado de acusações de fraudes nesta semana.
DeLay e dois outros são acusados de lavagem de US$ 190 mil (R$ 437 mil) em doações de empresas para distribuição a republicanos candidatos nas eleições parlamentares do Texas em 2002.
A lei no estado do Texas proíbe o uso de dinheiro de empresas em financiamento de campanha.
