O CBO (Escritório de Orçamento do Congresso, na sigla em inglês) divulgou estudo nesta quinta-feira(17) onde mostra que o déficit orçamentário norte-americano poderá chegar a US$ 1,76 trilhão nos próximos 10 anos.
De acordo com o CBO, entre 2007 e 2011, o déficit deve chegar a US$ 1,42 trilhão; e o US$ 1,76 trilhão deve ser atingido entre 2007 e 2016. O crescimento mais lento na segunda metade do período baseia-se na suposição de que os déficits da economia do país terão uma redução expressiva a partir de 2012, momento em que os cortes de impostos aprovados no primeiro mandato do presidente norte-americano, George W. Bush, deverão expirar.
O presidente vem tentando conseguir que o Congresso torne os cortes permanentes.
No ano fiscal em curso (que termina em 31 de setembro), a estimativa é de que o déficit tenha uma pequena redução em comparação com o resultado de 2005, ficando em US$ 260 bilhões, no ano passado, o déficit chegou a US$ 319 bilhões. No período fiscal de 2007 (que começa no dia 1º de outubro), no entanto, deve apresentar novo crescimento, indo para US$ 286 bilhões.
Para o núcleo da inflação (que exclui os preços de energia e alimentos), a projeção do CBO é de uma alta de 2,6% neste ano e de 2,5% em 2007. Já para o índice geral, a expectativa é de uma alta de 3,5% neste ano e de 2,5% no próximo.
O crescimento da economia no país em 2006 deve ser de 3,5%. Em março deste ano, a expectativa de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) era de 3,6%, mas de 3,4% em 2007 (descontados os efeitos da inflação).
Os especialistas do governo observaram a projeção de redução do déficit para este ano como uma confirmação de que os cortes de impostos propostos por Bush conseguiram tirar a economia americana da recessão de 2001 e levaram a receitas tributárias mais robustas.
Os opositores da administração Bush, no entanto, dizem que os dados mostram a incapacidade do governo para controlar o déficit do orçamento.
