O governo cubano anunciou, no dia 22, o fim da proibição da chegada de cubanos por mar, o que deixará com que a companhia de Cruzeiros Carnival retome a primeira viagem à ilha em meio século.
A companhia primeiro tinha barrado que pessoas nascidas em Cuba comprassem passagens para o cruzeiro que começaria em 1º de maio, o que fez com que a comunidade cubana de Miami reclamasse, chegando a entrar com uma ação de discriminação contra a companhia. Depois, a companhia decidiu vender bilhetes aos cubanos, mas disse que a viagem só seria iniciada se Cuba retirasse a proibição. Com isso, as viagens a Cuba serão iniciadas em 1º de maio, conforme inicialmente planejado. O navio Adonia, com capacidade para 704 passageiros fará a primeira viagem de sete dias.
As medidas, que entrarão em vigor na próxima terça-feira, permitirão a entrada e saída de cubanos como passageiros e tripulantes de navios e cruzeiros, segundo uma nota oficial divulgado pelo jornal estatal "Granma".
"O governo decidiu autorizar a entrada e saída de cidadãos cubanos, independente de sua condição migratória, na qualidade de passageiros e tripulantes de cruzeiro", indicou o texto.
Cuba aceitou liberar as viagens marítimas como parte do processo de normalização das relações Estados Unidos iniciado em dezembro de 2014, e que alcançou seu máximo ponto com a histórica visita do presidente Barack Obama a Havana, em março.
Estas novas disposições, que se somam à retomada de voos comerciais entre os dois países, permitirão em teoria destravar a anunciada retomada das viagens de cruzeiro.
O navio Adonia sairá de Miami com paradas em Havana, Santiago de Cuba e Cienfuegos.
