WASHINGTON | Em abril, empresas americanas criaram a maior quantidade de empregos em cinco anos, apontando para uma pequena tomada de força da economia, mesmo que a taxa de desemprego tenha subido para 9,0%.
A contratação do setor privado, incluindo um grande salto no varejo, impulsionou empregos não agrícolas em 244 mil novos postos, o maior aumento em 11 meses, de acordo com o relatório do Departamento do Trabalho (que pode ser visto na íntegra no site www.bls.gov). Economistas haviam previso um aumento de apenas 186 mil postos. O setor privado criou 268 mil novos empregos no total, o maior desde fevereiro de 2006, enquanto a massa salarial do governo encolheu.
Os dados sugeriram que a economia iria recuperar a velocidade neste trimestre depois de tropeçar nos primeiros três meses do ano.
“O que estamos vendo é um relançamento sustentado na contratação, o que sugere que as empresas ganharam confiança para olhar além das flutuações a curto prazo no passado”, disse Aaron Smith, economista sênior da Moody’s Analytics em West Chester, Pensilvânia.
Os investidores em Wall Street aplaudiram o relatório, que mostrou ganhos de emprego em todo o país, com exceção de trabalhos do governo. Enquanto a economia criou empregos por sete meses seguidos, os ganhos continuam muito escassos para que 13,7 milhões de americanos recuperem seus trabalhos.
Um recente aumento nos pedidos de seguro desemprego, está fazendo com que economistas temam uma desaceleração nesse crescimento de empregos nos meses de maio e junho.
Ainda assim, o ritmo de crescimento do emprego teve uma média de 233 mil nos últimos três meses, comparado a uma aceleração de 104 mil nos três meses antecedentes, o que sugere que a recuperação está com um crescimento mais firme.
Nigel Gault, economista-chefe dos EUA na IHS Global Insight em Lexington, Massachusetts, disse que o aumento “mostra o impulso positivo que deverá permitir que a economia absorva os choques individuais do Oriente Médio e Japão sem muitos danos.”
Taxa de desemprego aumentou
A taxa de desemprego subiu, no entanto, pela primeira vez em 5 meses. Tal contagem vem de uma pesquisa feita separadamente, que mostrou uma pequena queda no número de empregados, e modesto aumento no tamanho da força de trabalho.
Os economistas, no entanto, colocam mais peso na pesquisa maior, menos volátil dos empregadores, que aumentou 46 mil novos postos de trabalho a mais do que o previsto.
Para calcular a taxa de desemprego, o governo liga para 60 mil residências e pergunta se as pessoas estão trabalhando ou procurando por trabalho. A pesquisa inclui autônomos, trabalhadores agrícolas e trabalhadores domésticos, pessoas que não são contadas na primeira pesquisa, sobre as empresas privadas. Em contraste, o governo entrevista 140 mil companhias e agências do governo para pesquisar o número de novos empregos.
O relatório veio em uma boa semana para o presidente Barack Obama, cujas taxas de aprovação foram consideravelmente elevadas depois da morte de Osama bin Laden. Um saudável mercado de trabalho é chave para que conquiste a reeleição em 2012.
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