Enquanto um grupo de cidadãos mexicanos e norte-americanos faziam uma pacífica demonstração de protesto em frente à cerca fronteira na cidade de Tijuana (México), a Câmara de Representantes dos Estados Unidos recebia oficialmente o projeto de lei que planeja construir um “muro” em toda a fronteira entre os dois países.
O governo do México manifestou sua preocupação com o projeto de lei, em discussão na Câmara de Representantes dos EUA, que permitiria a construção do chamado “Muro da Intolerância” ou “Muro da Vergonha”, a partir de 2008.
Uma voz norte-americana contra esse projeto já se fez pública.
O subsecretário de Relações Exterio-res para a América do Norte, Jerônimo Gutiérrez, disse que “muros não resolvem o problema, nem abordam de forma integral o fenômeno migratório. Não cremos que a construção (do muro) seja o mais adequado no século XXI para ter fronteiras seguras e modernas”.
Gutiérrez disse que a iniciativa, colocada em debate na Câmara dos Representantes dos EUA pelo congressista James Sensenbrenner, de Wisconsin, já conta com o apoio de 125 legisladores. Segundo ele, o projeto contaria, também com o apoio do presidente George W.Bush.
“A Casa Branca já expressou publicamente seu apoio à iniciativa, alegando que é necessária para melhorar a segurança do país”, afirmou. Caso seja aprovada, a lei entra em vigor em 2008. Mas há fortes resistências também, principalmente no Senado.
