A decapitação do refém canadense, John Ridsdel, colocou em evidência um grupo extremista das Filipinas, chamado Abu Sayyaf. Ridsdel, que tinha 68 anos, ex-chefe de uma empresa de mineração.
A cabeça de Ridsdel foi encontrada dentro de um saco na ilha de Jolo, no dia 25, a mil quilômetros da capital Manila. A execução aconteceu depois de expirado o prazo dado pelo grupo para o pagamento de um resgate avaliado em 20 milhões de euros. Ridsdel foi sequestrado em setembro de 2015 com outros dois estrangeiros, o canadense Robert Hall e um norueguês, além, de uma mulher filipina. Os últimos seguem em poder dos terroristas. Segundo o governo do Canadá, há operações para a libertação de Hall.
Abu Sayyaf
O grupo Abu Sayyaf está em atividade desde 1990, quando se separou de um dos maiores movimentos separatistas islâmicos do país, a Frente Moro de Libertação Nacional. O grupo está por trás de uma série de crimes e ataques desde o seu surgimento, atuando principalmente em Sulu (sudoeste), e Mindanao, oitava maior ilha do mundo em número de habitantes (cerca de 22 milhões).Assim como outras organizações terroristas, o grupo atua de forma descentralizada, em células, e seus principais fundadores foram treinados em países do Oriente Médio, como Líbia e Arábia Saudita. Aos olhos dos EUA, que desde 2001 atua com o exército filipino para contenção do grupo, Abu Sayyaf é uma organização terrorista cujos laços já incluíram a rede Al Qaeda e os extremistas do Jemaah Islamiyah, da Indonésia. Em 2015, Abu Sayyaf jurou lealdade ao Estado Islâmico. Fonte: Exame.