O cardeal que preside a Arquidiocese católica considerada mais importante dos Estados Unidos, monsenhor Roger Mahony, de Los Angeles, advertiu que pedirá a seus sacerdotes que continuem prestando ajuda aos imigrantes ilegais, mesmo que a ajuda seja uma infração à lei.
m declarações ao diário Los Angeles Times, o cardeal Mahony denunciou a “histeria”anti-imigrante em geral e, em particular, o projeto de lei, já aprovado pela Câmara dos Representantes, que chega esta semana ao Senado, e endurece as medidas contra a imigração ilegal.
Mahony disse ao Los Angeles Times que convocaria em homilia as 288 paróquias de sua Arquidiocese no Sul da Califórnia, a jejuar e rezar por uma reforma “humana” e de compaixão da lei sobre imigração.
O projeto de lei que deve analisar esta semana a Comissão Judicial do Senado obriga as igrejas e outras instituições de caridade a exigir documentação à pessoas que prestem assistência e prevê sanções penais para quem ajudar imigrantes ilegais. “O conceito de castigar pessoas que auxiliam imigrantes é anti-americano. Se isso se levar a um extremo lógico e ridículo, a todas as pessoas que buscam a igreja para receber a Sagrada Comunhão terá que se pedir que mostrem seus papéis”, disse o cardeal.
Para monsenhor Mahony, isso é “um absurdo, e a igreja não vai entrar nisso. A igreja existe para servir às pessoas”. O religioso deixou clara sua posição. “Não vamos nos converter em agentes de imigração”, declarou.
Os bispos católicos dos Estados Unidos propuseram uma reforma de leis de imigração para criar a figura do trabalhador convidado, lega-lizar imigrantes sem papéis e aportar mais visas para os familiares de imigrantes.
