Fumantes negros cujos pais ou irmãos desenvolveram câncer de pulmão ainda jovens são mais sucetíveis a desenvolver a doença do que tabagistas brancos com o mesmo histórico familiar, segundo pesquisadores da Detroit's Wayne State University.
O motivo para essa disparidade racial não está claro e pode estar relacionado a algum fator ainda desconhecido. Foram analisados os casos de mais de 7.500 fumantes que tiveram a doença em Detroit (EUA) entre 1990 e 2003, um terço deles negros.
Em relação à totalidade dos casos, o risco de desenvolver câncer de pulmão após os 60 anos é duas vezes maior se há parentesco próximo com pessoas que foram vítimas da doença antes dos 50, disse Michele Cote, a principal autora do estudo. Menos de 7% dos casos aparecem antes dos 50 anos.
De acordo com a reportagem publicada nesta semana no Journal of de American Medical Association, o cigarro é o principal fator de risco para o surgimento da doença, mas componentes genéticos também foram reconhecidos no processo.
John Ruckdeschel, outro pesquisador envolvido no estudo, ressaltou que os médicos devem ter o histórico familiar dos fumantes e alertar aqueles que têm vítimas da doença na família para fazer exames anualmente.