Por 9 votos a 3, a câmara de Miami-Dade decidiu apoiar o prefeito Carlos Gimenez e votou a favor da decisão de colaborar com autoridades de imigração com relação à entrega de criminosos detidos que são procurados para deportação pelo governo federal.
Em votação nessa sexta-feira, 17, a reunião da Comissão do Condado de Miami-Dade no County Hall durou cerca de seis horas e foi marcada por apelos de dezenas de residentes, que pediram para que os Commissioners fossem contra o prefeito e protegessem os imigrantes locais, mas sem sucesso.
Na tentativa de que votassem a favor dos imigrantes, advogados se dirigiram à comissão de votação e reafirmaram na audiência que Miami-Dade não seria afetada pela ordem de Trump, porque o município nunca parou de compartilhar informações sobre presos com os agentes federais.
A controversa decisão do prefeito Carlos Gimenez foi anunciada no dia 26 de janeiro, um dia depois de Trump emitir a ordem executiva proibindo comunidades de agirem como "santuários" e prometendo cortar os fundos federais a qualquer cidade e condado que o desafiasse.
Tal corte de verba seria prejudicial para o condado obter milhões de dólares para projetos de transporte público que Giménez e Bovo têm visto como parte de seus legados políticos.
"Miami-Dade não é – nem nunca se considerou - uma comunidade de santuários", disse Giménez, explicando ainda que a questão é sobre prisioneiros, não qualquer imigrante."Estamos falando de pessoas que cometeram crimes", disse.
As ordens de detenção mantêm as pessoas nas prisões locais por mais 48 horas, e durante fins de semana e feriados, até serem entregues aos agentes da imigração.
Na votação, endossaram a diretriz do prefeito Gimenez o presidente Esteban "Steve" Bovo, a Vice-Presidente Audrey Edmonson e os commissioners Bruno Barreiro, José "Pepe" Diaz, Sally Heyman, Joe Martínez, Dennis Moss, Rebeca Sosa e Javier Souto.
Votaram contra a decisão do prefeito os commissioners Daniella Levine Cava, Jean Monestime e Xavier Suarez, e um não compareceu.
Com informações do Miami Herald.