O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, instou o Congresso novamente nesta sexta-feira a renovar e ampliar a lei antiterrorista, por se tratar de "uma das ferramentas mais importantes" contra o terrorismo global.
Durante uma visita feita ao novo Centro Nacional contra o Terrorismo, nos subúrbios de Washington, Bush afirmou que a chamada "Lei Patriota", em vigor há três anos e meio, ajudou a salvar vidas sem atropelar os direitos civis.
"A Lei Patriota se ajusta à nossa Constituição, à nossa luta contra o terrorismo, protegendo as liberdades civis de nossos cidadãos", assegurou Bush.
Bush também aproveitou sua visita para nomear o vice-almirante John Scott Redd novo diretor do Centro Nacional contra o Terrorismo, criado no ano passado como parte da extensa rede de inteligência dos EUA para analisar e centralizar todas as investigações vinculadas ao fenômeno terrorista.
Para que Redd, de 60 anos, substitua o chefe interino do centro, John Brennan, tem que ser confirmado no cargo pelo plenário do Senado.
A "Lei Patriota", aprovada pouco depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, ampliou os poderes policiais para as investigações antiterroristas, mas inclui cláusulas que foram fortemente criticadas por grupos defensores das liberdades civis em todo o país.
No total, 16 cláusulas expiram no final deste ano, a menos que o Congresso decida renová-las de forma permanente.
"Por nossa segurança nacional, o Congresso dos EUA precisa renovar todas as cláusulas da Lei Patriota e, desta vez, deve torná-las permanentes", enfatizou Bush.
O governante americano tinha feito o mesmo pedido ontem durante uma visita a uma escola policial em Columbus (Ohio).
"Para mim, não tem nenhum sentido deixar vencer algo que está funcionando", repetiu Bush ao se referir às controvertidas cláusulas da lei antiterrorista.
O Comitê Judicial da Câmara de Representantes realizou hoje uma audiência sobre o alcance e o impacto da lei antiterrorista, enquanto vários legisladores elaboram emendas a essa lei.
