O corpo do lavrador mineiro Jefferson Eduardo de Oliveira, de 20 anos, foi encontrado na última quarta-feira, 16, às margens do Rio Bravo, na cidade mexicana de Novo Laredo, quando tentava atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos.
O jovem estava com mais seis brasileiros, a maioria moradores de Sardoá, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, onde quatro foram presos por agentes da imigração norte-americana e um ainda está desaparecido.
Jefferson era o sexto integrante do grupo e foi encontrado morto às margens do rio, na cidade mexicana, quatro dias depois da travessia. Ele morava em Sobrália, na mesma região dos outros integrantes do grupo.
Conforme informações da família, Jefferson embarcou para o México no dia 2 de novembro e, no último dia 12, seguiu para atravessar o Rio Bravo, saindo de Novo Loredo, do lado mexicano, para Loredo, no Texas, nos Estados Unidos.
O Consulado Brasileiro no México recebeu a informação segundo a qual o corpo do rapaz havia sido encontrado no sábado, 12, no Rio Grande, que passa pela cidade Mexicana e entrou em contato com a família.
A suspeita é de que ele tenha sido vítima de homicídio. Jefferson era casado há sete meses com Tayná Teixeira de Assis, de 19, a quem enviou mensagens antes da travessia fatal.
Uma prima de Jefferson, que mora em Boston, iniciou uma campanha num site de doações (www.gofundme.com/jefferson-body-translation) e, em 24 horas, conseguiu levantar a meta de 10 mil dólares para o translado do corpo do México para o Brasil, que deve ser feita ainda essa semana.
A família ainda busca informações sobre as circunstâncias da morte.
O Itamaraty informou que o Consulado do Brasil no México está empenhado, em contato com as autoridades locais, buscando apurar as circunstâncias do incidente. O Itamaraty também afirmou que está em contato com a família do lavrador e, como de praxe, não divulga detalhes sobre as ações que realiza no caso.
