90% da colheita está no chão e prejuízo da paulista pode chegar a 100 mil dólares
A brasileira Silvia Noda, que mora em Davie, teve sua plantação de laranjas Hamlin totalmente afetada com a passagem do furacão Irma.
A fazenda da paulista, a Noda’s Farm, fica em La Belle, próximo a Naples, e tem 40 acres de extensão. “Minha casa em Davie está intacta, mas minha produção foi destruída. 90% das laranjas estão no chão”, destaca Silvia, que diz ser essa a única fonte de renda da família.
Os laranjais foram inundados e as laranjas arrancados pelos ventos A fazenda tem 4,000 pés de laranjas e a colheita deveria acontecer de novembro a dezembro, segundo relata a produtora.
Para replantar cada árvore o custo ficaria em torno de 100 mil dólares, já que cada muda custa em média US$ 24,00. “E o pior é que a muda demora 4 anos para crescer e dar frutos”, lamenta a paulista, que tenta chamar a atenção do governo estadual para os pequenos produtores da região, que foram todos afetados.
“Nossa esperança é que o governo se mobilize já que a Flórida é conhecida pela produção de laranja. Não só eu mas vários outros pequenos produtores foram afetados”, destaca Silvia.
A brasileira tinha acabado de pagar os impostos territoriais e sobre o lucro de produção. Pelo menos 25 mil dólares foram pagos em tributação, recentemente. “Só queremos saber se o governo tem alguma intençao de ajudar os agricultores também. Essa é a nossa fonte de renda anual”, repete Silvia, destacando que sua fazenda é de pequeno porte, assim como a maioria das fazendas dos produtores da região. Geralmente os governos federal e estadual só disponibilizam ajuda e subsídios a produtores de grande porte, de acordo com Silvia.
Produtora há 2 anos
Ex-profissional de Marketing no Brasil, Silvia é casada com o venezuelano Armando Noda e mora nos Estados Unidos há 5 anos. Como o marido tinha experiência em produção agrícola, há dois anos resolveram investir nessa área de produção de laranja. A fazenda Noda’s foi comprada em atividade e eles já haviam tido duas colheitas.
