Em meio à crise de confiança do mercado financeiro, a maioria dos americanos diz acreditar que a situação econômica do país ainda vai piorar e que nenhum dos candidatos à Casa Branca é capaz de resolvê-la.
Segundo pesquisa “USA Today”/Gallup divulgada na terça-feira(14), 73% dos entrevistados dizem que a economia está “ruim” (número mais alto registrado pelo instituto). E 84% prevêem que a economia vai piorar, mesmo diante do plano bilionário de resgate do governo para acelerar a recuperação do sistema financeiro.
E a três semanas das eleições presidenciais, os eleitores não demonstram confiança nos candidatos. Segundo a sondagem, 63% dizem não acreditar que o republicano John McCain possa encerrar a crise. Ou-tros 31% são mais otimistas em relação às propostas de McCain e o trabalho de seus assessores econômicos.
No caso democrata, como outras pesquisas já apontavam, o cenário é um pouco melhor. A pesquisa indica que 50% dos entrevistados não confiam nas propostas de Barack Obama para retomar o crescimento econômico.
Contudo, 44% dizem estar confiantes de que o senador por Illinois, se eleito, resolverá a crise.
Em um provável reflexo deste cenário, Obama lidera na intenção de voto, com 51% contra 44% do rival republicano.
Aprovação
A pesquisa apontou diversos reflexos da desconfiança e preocupação dos americanos. Quase metade dos entrevistados, 49%, não esperam a recuperação da economia por um longo tempo e vêem a crise como causa de uma mudança permanente na economia.
Ao mesmo tempo em que 47% dizem que o mal momento da economia é temporário, 91%, dizem estar descontente com o modo como o governo está resolvendo a situação - a maior porcentagem nas três décadas de pesquisas Gallup.
Como esperado, o atual presidente George W. Bush tem os menores índices de aprovação e confiança. Apenas 16% dizem confiar nele e em sua equipe de assessores contra 80% que dizem não acreditar que ele será capaz de resolver a crise nos últimos meses de seu mandato.
A aprovação de Bush atingiu seu índice mais baixo nas pesquisas Gallup, 25%, e a desaprovação o mais alto, 71%.
A pesquisa foi realizada entre 10 e 12 de outubro, com 1.269 pessoas.
A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.