Autoridades australianas receberam informações do serviço de inteligência que terroristas planejam um ataque ao país, segundo o primeiro-ministro John Howard.
Durante entrevista televisionada em Canberra, Howard se recusou a dar detalhes da ameaça e afirmou que não quer prejudicar os esforços de combate ao terrorismo.
Ele, no entanto, apresentou uma emenda às leis antiterrorismo que, caso seja aprovada pelo Congresso, poderá aumentar a capacidade de o país enfrentar terroristas.
"A razão dessa emenda é que o governo recebeu informações específicas da polícia e da inteligência nesta semana que nos trouxeram sérias preocupações sobre o potencial da ameaça terrorista", afirmou Howard.
A emenda dá facilidades para o Estado processar suspeitos de planejar um ataque e permite ao governo deportar grupos que, com base em dados da inteligência, estejam planejando atos terroristas mesmo que detalhes sobre a ação planejada não sejam divulgados.
De acordo com especialistas, o governo australiano age para ter o direito de deportar membros do grupo islâmico Hizb ut-Tahrir. O procurador-geral Philip Ruddock afirmou em agosto que o governo estudava tornar o grupo ilegal como forma de prevenção a ataques futuros.
Após as explosões no metrô de Londres em 7 de julho, o Hizb ut-Tahrir foi banido no Reino Unido por ter assumido a responsabilidade por ataques no Afeganistão e no Iraque.