Um atirador matou três policiais e feriu mais três na manhã de domingo, dia 17, menos de duas semanas depois da morte de um homem negro nas mãos da polícia de Baton Rouge, na Luisiana.
Os policiais foram atingidos quando responderam a um chamado do serviço de emergência 911 que um homem, vestido de preto e armado com um rifle de assalto, estava andando em um shopping perto da central da polícia na cidade.
O atirador, que acabou sendo morto na troca de tiros com policiais, foi identificado como Gavin Eugene Long, um homem negro residente de Kansas City, Mo., e que estava em Baton Rouge para celebrar seu aniversário de 29 anos. Os policiais mortos foram identificados como Montrell Jackson, Matthew Gerald e Brad Garafola.
De acordo com investigações sobre Long, ele era ativo nas redes sociais e postou vídeos em que incentivava os negros a “contra-atacarem” os “opressores”. Ele dizia que “contra os opressores, palavras não resolvem”. Em outro vídeo recente, Long diz que não é afiliado a nenhuma organização. “Eu penso meus próprios pensamentos, tomo minhas próprias decisões. Sou o único que deve ser julgado”, disse.
Segundo a Reuters, ele já serviu ao Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e já lutou no Iraque.
Conflitos raciais
Os Estados Unidos vivem uma nova onda de tensão racial. Na semana passada, vários protestos contra a violência policial aconteceram em todo o país. O que desencadeou a revolta foi a morte de um negro em Baton Rouge, Alton Sterling, de 37 anos, que teria levado quatro tiros de um policial. A vítima vendia CDs piratas na porta de uma loja de conveniência quando foi atingida.Em outro caso, no dia 6 de julho, um homem negro foi baleado por um policial em uma blitz em Minessota. A namorada da vítima transmitiu ao vivo o tiroteio no Facebook. Philando Castile, de 32 anos, era funcionário de um refeitório escolar.
Dallas
No dia 7 de julho, cinco policiais morreram após um franco-atirador abrir fogo contra agentes que acompanhavam uma manifestação contra a violência policial em Dallas, no Texas. O suspeito foi identificado como o morador do Texas, Micah Johnson, de 25 anos, veterano do exército e que foi morto após confronto com a polícia.