Apesar do objetivo da coluna ser falar e conversar sobre assuntos econômicos, financeiros e comerciais, não podemos deixar de mencionar a tristeza e consternação geradas em razão do episódio violento, absurdo e lamentável de Realengo, no Rio de Janeiro, onde 12 crianças recentemente perderam suas vidas, vítimas de um desequilibrado mental. Nossa solidariedade estende-se a todas as famílias envolvidas, assim como à sociedade em geral, que ficou traumatizada a partir desse tão triste evento.
Compreensível, pois aqueles que não foram abençoados com berço de ouro e, evidentemente, estamos falando de uma maioria esmagadora, não obtiveram uma formação acadêmica ou mesmo vocacional/profissionalizante, estruturada. Ademais, a vida e o mercado de trabalho sempre oscilantes, prejudicando e batendo nos mais fracos, tradicionalmente tem reservado à imensa maioria empregos de menor remuneração. Fazer parte dos escalões mais elevados das administrações, tanto pública quanto privada, aí nem se fala. Contamos em poucos dedos das mãos as exceções.
Somos um povo criativo e, quando premidos, fortes nas reações. Sabemos nos sacrificar e viver com as intempéries. Precisamos, também, aprender a observar e analisar o que nos cerca, não nos deixando abafar pelas dificuldades e falta de soluções aparentes. Avaliar e testar novas metodologias e formatos comerciais devem se constituir em exercícios constantes que podem levar à expansão e crescimento de nossos negócios. Somos iguais ou melhores que outras etnias. Se este tipo de exercício funciona para outros, terá que necessariamente funcionar conosco também.
Esta semana tivemos a oportunidade de conversar com duas empresárias, isoladamente, já que independentes, porém ambas envolvidas no mesmo segmento de negócio: desenho e instalação de armários sofisticados. As experiências foram semelhantes. Sofreram com o crash imobiliário, chegando à beira da falência, mas diligentemente observaram e notaram a investida de estrangeiros sul?americanos na compra de imóveis na Flórida.
Certamente muitos dirão: mas o que fazer e como fazer? Façam suas próprias análises, conversem com parceiros e amigos empresários, busquem as entidades voltadas ao apoio ao empresariado. Todos podemos ajudá-los. Existem muitos profissionais, brasileiros ou não, especializados neste tipo de aconselhamento. Não se amedrontem em procurá-los para ter iluminados seus caminhos. Esta metodologia é mundial. Não somos diferentes. Se percorrermos os caminhos adequados e executarmos com inteligência e prudência o que de nós é esperado somente teremos bons frutos a colher no futuro.